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A Art Nouveau e o Terror Contemporâneo

Projeto desenvolvido para o componente de História da Arte e do Design II, contando a história da Art Nouveau a partir de um projeto que sintetizasse a estética (forma), ideologia e características de design desta referência. A solução foi a criação de pôsteres de filmes de terror contemporâneos que se relacionem em conceito, apresentando cenas  com uma estética mais limpa e orgânica, mas não menos assustadora, passando efeito de perfeição artificial e se inspirando nos cartazes de Alfons Mucha.
 
 
 
Conceito 1: Nós e Parasita.
 
Nós (2019), de Jordan Peele, acompanha a história de uma família e seus clones oprimidos que vivem no subterrâneo. O filme traz uma forma mais fantasiosa de apresentar as questões de privilégio e dinâmicas sociais nos Estados Unidos.
Parasita (2019), de Bong Joon-ho, mostra a opressão de forma mais literal.  O filme levanta o questionamento de quem são os verdadeiros parasitas entre as duas famílias protagonistas.
Os dois  longas são recheados de simbolismos e criticam a construção da sociedade de forma parecida, utilizando da mesma abordagem: pessoas que vivem na superfície, e pessoas que vivem no subterrâneo - mesmo que metaforicamente- pessoas que oprimem e pessoas que são oprimidas, mesmo sem perceberem.
Os cartazes mostram objetos utilizados no filme como armas, além de frutas que também aparecem como símbolos dos longas. Já que não é convencional encontramos pôsteres apenas com objetos nos cartazes da Art Nouveau. Em um há uma macieira, fazendo menção a maçã do amor que a protagonista de “Nós” carrega quando criança, e uma tesoura dourada, de dois lados iguais porém opostos. Em outro há um pessegueiro, relacionado ao pêssego que faz aparição no filme “Parasita”  além da pedra da sorte, usada no final para ferir.
 

Conceito 2: Hereditário e Midsommar

Midsommar - O Mal Não Espera a Noite (2019) e Hereditário (2018), possuem o mesmo diretor, Ari Aster, e portanto contém conceitos bastante parecidos. Em ambos, o público é surpreendido constantemente com situações inimagináveis e grotescas. Os filme são propositalmente desconfortáveis física e psicologicamente. São dois filmes que tratam sobre lutos, traumas e emancipação em relacionamentos amorosos e familiares. Além de, claro, cultos religiosos macabros. A questão é: como eles se diferem? Para nós, a maior diferença entre os dois está na ambientação. Enquanto Midsommar se passa completamente durante o dia retratando o solstício de verão sueco e não possui presença de acontecimentos sobrenaturais (tudo que acontece é pela influência de alucinógenos, o dia ajuda nisso, apresentando muitas cores na tela), Hereditário se ambienta na escuridão e contém muitas cenas perturbadoras contendo os demônios do culto que o filme se envolve.  Na questão estética os cartazes trabalham com o conceito de lua/sol ou dia/noite. Os dois mostram os protagonistas segurando as cabeças de seus “coadjuvantes”, que acabaram com um final trágico.


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